28 de agosto de 2010

Depressão Infantil


A Depressão Infantil não se traduz, invariavelmente, por tristeza e outros sintomas típicos. A diferença entre os momentos nos quais as crianças podem estar tristes ou aborrecidas com quaisquer factores vivenciais que as molestem e a Depressão verdadeira está, principalmente, no tempo e na motivação para esse sentimento. A Depressão Infantil tem sido cada vez mais observada devido, em parte, à actualização conceptual e atenção médica crescente sobre esta doença.

Apesar da Depressão, tanto no adulto quanto na criança, ter como modelo de diagnóstico a conhecida constelação de sintomas, decorrentes da tríade sofrimento moral, a inibição psíquica global e no estreitamento do campo vivencial, as diferentes características pessoais e as diferentes situações vivenciais entre o adulto e a criança, farão com que os sintomas secundários decorrentes dos sintomas básicos sejam bem diferentes. O sofrimento moral, por exemplo, responsável pela baixa auto estima, no adulto pode se apresentar como um sentimento de culpa e, na criança, como ciúme patológico do irmão mais novo.Nas crianças e adolescentes é comum a Depressão ser acompanhada também de sintomas físicos, tais como fatiga, perda de apetite, diminuição da actividade, queixas inespecíficas, tais como cefaleias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas, vómitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc. Na esfera do comportamento, a Depressão na Infância e Adolescência pode causar deterioração nas relações com os demais, familiares e colegas, perda de interesse por pessoas e isolamento. As alterações cognitivas da Depressão infantil, principalmente relacionadas à atenção, raciocínio e memória interferem sobremaneira no rendimento escolar.

Os sintomas mais frequentes da Depressão na Infância e Adolescência costumam ser os seguintes: insónia, choro, baixa concentração, fatiga, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos lentidão psicomotora, anorexia, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.

Hoje em dia a ampliação da constelação sintomática atribuída à depressão infantil tem contribuído, sobremaneira, para a elaboração do diagnóstico e, por causa disso, cada vez mais os distúrbios do comportamento da criança estão a ser relacionados a uma maneira depressiva de viver.

A expressão clínica da depressão na infância é bastante variável. Baseando-se nas tabelas para diagnóstico, revistas por José Carlos Martins, podemos compor a seguinte listagem de critérios:


SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS
DE DEPRESSÃO INFANTIL

1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da actividade e do interesse
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Auto-depreciação
7- Perda de energia física e mental
8- Queixas somáticas
9- Fobia escolar
10- Perda ou aumento de peso
11- Cansaço matinal
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)
13- Negativismo e Pessimismo
14- Sentimento de rejeição
15- Ideias mórbidas sobre a vida
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)
17- Condutas anti-sociais e destrutivas
18- Ansiedade e hipocondria


Não é obrigatório que a criança depressiva complete todos os itens da lista acima para se fazer o diagnóstico. Ela deve satisfazer um número suficientemente importante de itens para despertar a necessidade de atenção especializada. Dependendo da intensidade da Depressão, pode haver substancial desinteresse pelas actividades rotineiras, queda no rendimento escolar, diminuição da atenção e hipersensibilidade emocional. Surgem ainda preocupações típicas de adultos, tais como, a respeito da saúde e estabilidade dos pais, medo da separação e da morte e grande ansiedade.

Além disso, tendo em vista a característica atípica da maioria das depressões na infância, alguns autores começam a pensar neste diagnóstico para outras patologias bem definidas, como é o caso do Défice de Atenção por Hiperactividade, para certos casos de Distúrbios de Conduta (notadamente a rebeldia, oposição e agressividade) e para os Transtorno Fóbico-Ansioso. Supõe-se haver uma íntima relação entre todos esses quadros citados e, principalmente na ansiedade da infância, quer seja como co-morbidade ou como manifestações clínicas atípicas da Depressão Infantil.

27 de agosto de 2010

Jogos para Relaxar


As técnicas de relaxamento são utilizadas, no âmbito da psicologia, para quase todas as terapias que incluem algum sintoma de ansiedade. Nos adultos utilizam-se principalmente exercícios de respiração e a técnica de relaxamento progressivo de Jacobson, que consiste no relaxamento de grupos musculares empregando a técnica de tensão-distensão dos músculos.

Com as crianças a situação varia um pouco, uma vez que as instruções devem geralmente adaptar-se à sua capacidade de compreensão, para além da dificuldade que representa a timidez, sobretudo nos exercícios faciais.

Apesar de que é possível adaptar o relaxamento progressivo às crianças, propomo-vos relaxar as crianças da melhor maneira que conhecemos: JOGANDO!

Exercícios de respiração para crianças:

A ideia principal dos exercícios de respiração é conseguir uma respiração profunda e ralentizada, que por sua vez nos permitirá reduzir o nível de activação fisiológica. Consiste em realizar inspirações e expirações lentas.

Propomo-vos os seguintes exercícios:

- Inspirar ar lentamente, enchendo os pulmões ao máximo (dependendo da capacidade pulmonar, os segundos de duração da inspiração podem variar de umas crianças para outras) durante quatro a oito segundos. Na primeira inspiração será permitido aspirar ar pelas fossas nasais, mas nas seguintes deverão alternar a entrada de ar por cada um dos orificios de cada vez, tapando o outro com o dedo.

- Fazer soprar as crianças num apito, tratando de que este não emita nenum som; assim conseguiremos que expirem o lentamente; o tempo de expiração dependerá igualmente da capacidade pulmonar.

Em lugar de utilizar um apito, podemos propor-lhes que soprem sobre um moinho de vento, e repetir a operação, mas desta ves o objectivo será fazer o moinho dar voltas lentamente.

- Repetir estes exercícios umas seis vezes.

Exercícios de relaxamento através de jogos:

Aquí propomo-vos alguns jogos seleccionados do livro de "Andrea Erkert ( Islas de relajación 2001 Ed.Oniro) que conseguirão o mesmo propósito que o relaxamento progressivo, mas sem se converterem "numa chatice". Uma vez realizados os exercícios de respiração e rebaixado o nível de activação, podemos escolher entre alguns destes jogos:

1º: Aprender posturas de relaxamento.

-A postura do rei: As crianças sentan-se numa cadeira e fechando os olhos imaginam que são um rei ou uma rainha sentados no trono: O rei e a rainha adoptam uma postura majestuosa, e portanto estão bem erguidos, as mãos pousadas nas coxas, ligeiramente separadas, sem se tocarem. Os pés colocam-se com a planta e o calcanhar em contacto com o solo.

-Posição horizontal: As crianças deitam-se com a boca para cima, as pernas esticadas e abertas, de forma a que os pés fiquem voltados para os lados em posição de repouso. Os braços também devem estar separados do corpo, mas perto do tronco com as mãos tocando o solo com a palma ou as costas da mão.

2º: Os exercícios-jogos:

- O jogo das cadeiras: ( A partir dos 4 anos) As crianças dividem-se em grupos iguais e sentam-se umas em frente das outras na postura do rei com os olhos abertos. Uma das crianças não tem cadeira e fica parada no meio, apresenta-se ao resto dos jogadores, e diz: um, dois, três, quatro... Mudar de sítio! Nesse momento todas as crianças devem deixar o seu sítio e procurar uma cadeira da outra equipa; a criança do centro também tratará de encontrar uma cadeira, e a criança que ficar sem cadeira passará a ocupar o centro.

- Cada ovelha com o seu par: (A partir dos 8 anos) Preparam-se uns cartões com desenhos de animais ou figuras, tendo em conta que cada animal ou figura deve estar repetido em dois cartões. Ao compasso de um ritmo as crianças devem dar voltas, andando e saltando em volta do quarto e intercambiar os seus cartões umas com as outras, continuamente. Quando o ritmo ou a música parar, cada criança olhará para o seu cartão e imitará o som do animal que tem no seu cartão, devendo juntar-se com o seu par correspondente.

- Vejo uma cor que tu não vês: ( A partir dos 5 anos) As crianças forman um circulo com as cadeiras e sentam-se na postura do rei. No centro do quarto colocam-se 10 ou 12 objectos seleccionados pelas crianças dos existentes no quarto. Primeiro observam-se os objectos e a seguir cobrem-se com um lenço (os objectos). O director do jogo diz: "Vejo uma cor que tu não vês, e é o vermelho...Fechai os olhos e imaginai os objectos debaixo do lenço, com tempo..."
Seguidamente as crianças podem voltar a abrir os olhos. O que souber a resposta revela a solução, e levanta-se o lenço para comprovar se a resposta é correcta. E recomeça o jogo.

Com este tipo de jogos conseguiremos relaxar tanto os grupos musculares, como a agitação verbal e motriz. Existem uma grande variedade de jogos à vossa disposição, que podeis encontrar nos seguintes livros que recomendamos:

- Andrea Erkert," Islas de relajación".
- Karen Miller, "24 juegos de relajación"

Reportagem elaborada por Carlos Jordi Anzano, Psicólogo Infantil da Imaginarium.
Gabinete de Psicologia Tel: 976 207 190

O Stress e a Criança


Há crianças que podem ser praticamente invulneráveis às tensões da vida, enquanto outras são muito sensíveis ao stress.

No processo de crescimento, as crianças e os adolescentes deparam-se com situações perturbadoras, que podem afectá-los tanto física como emocionalmente. Fala-se de stress como uma reacção natural do organismo a um estímulo ou situação especial de tensão, ou de intensa emoção, que pode ocorrer em qualquer indivíduo, independentemente da sua idade.

Geralmente as reacções de stress são breves e facilmente ultrapassadas pelas crianças e pelos adolescentes. Mas nalguns casos, estes podem desenvolver uma perturbação mais prolongada e intensa.

A reacção que se segue ao episódio traumático, e que pode prolongar-se até quatro semanas depois, chama-se perturbação aguda de stress. Se ocorre mais de um mês após o acontecimento, ou se se prolonga por mais de 4 semanas, denomina-se perturbação pós-stress traumático. Estas reacções dependem:
- da gravidade do traumatismo e da proximidade deste em relação ao indivíduo;
- da eventual repetição do episódio traumático;
- do envolvimento directo da criança ou adolescente;
- das características e sensibilidade individual de cada um.

Uma lista infindável de situações pode originar stress neste grupo etário. Esta inclui:
- mudanças constantes;
- responsabilidades e actividades em excesso;
- discussões e/ou divórcio dos pais;
- nascimento de irmão;
- hospitalização;
- morte na família;
- problemas na escola, troca de professor ou de escola, entre outras.

Devemos alertar os pais para o stress. A criança é um ser em desenvolvimento, bastante sensível, que capta facilmente as emoções das pessoas ao seu redor. Atitudes saudáveis em situações de conflito são essenciais para a saúde do seu filho.

Além de todos estes factores externos, há também que valorizar a fase de desenvolvimento da criança e os factores genéticos. Há crianças que podem ser praticamente invulneráveis às tensões da vida, enquanto outras são muito sensíveis ao stress.

Os sintomas de stress infantil podem ocorrer a nível físico, psicológico ou ambos, citando-se alguns exemplos:
- dor de barriga ou de cabeça;
- náuseas;
- agitação;
- enurese nocturna e outros comportamentos regressivos;
- gaguez;
- terrores nocturnos;
- dificuldades nas relações interpessoais, insegurança, agressividade;
- choro ou medo excessivos;
- oposição e rebeldia;
- dificuldades escolares.

Se os sintomas de stress se prolongarem sem tratamento, ou sem resolução, esta situação pode interferir no desenvolvimento e na vida social e escolar das crianças e adolescentes.

É fundamental descobrir a causa do problema e desenvolver estratégias para lidar com um nível de stress excessivo, visando promover a saúde da criança/adolescente ajudando-a(o) a enfrentar as mudanças que ocorrem na sua vida e a ter um desenvolvimento mais saudável.

Atitudes dos pais e dos professores como o reconhecimento e a aceitação do problema, ajudar os mais novos a reconhecer, a aceitar e a expressar os seus sentimentos, a preparação da criança/adolescente para um acontecimento stressante (ex.: nascimento de irmão) podem ajudar na resolução destas situações.

O apoio de um profissional deverá ser ponderado se a perturbação se agravar ou durar mais de um mês e/ou se os sintomas impedirem a criança ou o adolescente e a sua família de prosseguirem normalmente o seu dia-a-dia.

Gabriela Marques Pereira, com a colaboração de Helena Silva, pediatra do Hospital de São Marcos de Braga

A Alopécia e as Crianças


Infelizmente as crianças também são vitimas de problemas de queda de cabelo e para as ajudar nesse processo doloroso que é ficar sem cabelo a Lace Wigs Portugal também comercializa lace wigs para os mais pequenos, feitas à medida e o mais próximo da aparência que anteriormente tinham.

As principais causas de queda de cabelo em crianças são fungos, alopecia areata, traumas, eflúvio telógeno e eflúvio anágeno.

Os fungos ocorrem mais em crianças na faixa pré-escolar e escolar, isto é, de 5 a 10 anos. Existem dois tipos: a tinha tonsurante e a tinha favosa. A tinha tonsurante, mais frequente, é causada por um fungo adquirido de outras crianças ou de adultos doentes ou só portadores, da terra e da areia ou de cães e gatos. O microrganismo "corta" porções de cabelo próximo do couro cabeludo, deixando a criança com uma ou várias peladas. Já a tinha favosa é mais rara, porém contagiosa e grave. Provoca várias lesões no couro cabeludo. Inflama o folículo piloso, podendo deixar cicatriz e, portanto, calvície definitiva nos locais em que ocorre.

A alopecia areata carateriza-se pela queda repentina e geralmente rápida de cabelo do couro cabeludo e/ou de qualquer outra região do corpo, deixando a pele lisa. Trata-se de uma doença auto-imune, que atinge crianças, jovens e adultos. Na infância, ocorre principalmente em meninos e meninas de 5 a 11 anos. Provoca mais frequentemente lesões redondas ou ovaladas. É comum ser desencadeada por factores como stress pela perda de alguém querido.

Os traumas dividem-se em alopecia tracional e tricotilomania. A alopecia tradicional deve-se a traumas frequentes no folículo piloso pela acção de quem cuida da criança. O exemplo clássico é a mãe que sempre faz a mesma traça na filha, forçando os seus cabelos. De tanto pressionar o folículo piloso, ele inflama e atrofia. Os cabelos não nascem mais. Já a tricotilomania, distúrbio psiquiátrico, também pode ocorrer em crianças. Em situações de tensão e stress elas mexem nos cabelos e os arrancam, formando áreas de calvície.

O eflúvio telógeno, por sua vez, caracteriza-se pelo aumento na quantidade/proporção de cabelos na última fase, a telógena, e a consequente aceleração no ritmo de queda. Pode ser agudo ou crônico. A forma aguda ocorre em geral dois a três meses após febre alta, hemorragia, desnutrição aguda, infecção e stress pela perda de alguém querido. A crónica caracteriza-se quando a queda de cabelos ocorre por mais de seis meses. Entre as causas estão: desnutrição protéica, anemia crônica e o hipotireoidismo.

E o eflúvio anágeno, enfim, caracteriza-se quando todos os fios de cabelo que estão na fase de crescimento ou de multiplicação (fase anágena) passam a cair. Ocorre em crianças que fazem quimioterapia para o tratamento oncológico.

A perda de cabelos incomoda sobretudo crianças maiores, pois mexee com sua vaidade e com a sua auto-estima. Nas situações mais graves, elas podem até ser atingidas por estados depressivos. O ideal é, à primeira indicação de queda excessiva de cabelos, levá-las a um dermatologista. A maior parte dos casos, felizmente, já tem tratamento eficaz e antes deste fazer efeito estamos cá para apresentar uma solução temporária.

23 de agosto de 2010

Bem Vindos ao Blog!!!

Antes de mais quero agradecer por estarem a ver o nosso blog LACE WIGS FOR KIDS e dar-vos as boas vindas. Todos os comentários, dúvidas e partilha de experiências são bem vindos porque de facto é bom saber que não estão sozinhas nessa luta.

A ideia de comercializar perucas para os mais pequenos surgiu devido ao facto de existir uma lacuna enorme nessa área e ver que hoje em dia existem imensas crianças que sofrem de alopécia ou estão em tratamento de quimioterapia e infelizmente ficam sem os seus cabelos não conseguindo ter uma vida normal que é de direito a uma criança.

Soubemos também que utilizam perucas de adulto adaptáveis às pequenas cabeças que têm, não conseguindo assim a mobilidade que lhes é de direito para brincar com os amigos e não serem gozados por serem diferentes.

Tenho a solução a nível estético para elas, LACE WIGS FOR KIDS feitas à medida das suas pequenas cabeças, com a cor, densidade, textura e comprimento desejado, de maneira a serem o mais parecido possivel do cabelo original.